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Empresas de fachada ameaçam a saúde

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Por Marcos Tadeu Machado

 

Recentemente, vimos pela mídia a condenação de corretores fraudulentos por abertura de empresas de fachada para contratação de planos de saúde coletivos. Este é um reflexo do grande desafio enfrentado pelo setor de saúde em relação à corrupção. Tais práticas desonestas aumentam os custos dos planos de saúde, afetando diretamente a qualidade do atendimento aos pacientes. Para combater essa e outras formas de fraude em saúde, é preciso que todos os agentes da cadeia se unam em prol da criação de métodos conjuntos que usem tecnologias (IA) para detectar e prevenir esses ilícitos.

Os hospitais, clínicas, laboratórios e prestadores de serviços de saúde podem implantar ferramentas que analisam a elegibilidade dos segurados, identificando inconsistências e variações que possam indicar fraudes. Além disso, as empresas seguradoras podem utilizar algoritmos para monitorar a utilização dos serviços pelos usuários, identificando padrões que possam detectar atividades desonestas.

É importante que as entidades reguladoras brasileiras e órgãos fiscalizadores, sejam parceiros nesse processo, criando políticas que incentivem ações conjuntas de fiscalização para coibir as atividades ilegais.

Em resumo, é necessário que todos os elos da cadeia de saúde trabalhem em conjunto para promover a integridade e transparência no setor. A adoção destas medidas representará um importante passo para garantir a disponibilidade de serviços de qualidade para a população e fortalecer a confiança no sistema de saúde.

O Instituto Ética Saúde tem como ponto nodal de suas ações a prevenção e combate a qualquer tipo de ação que possa promover condutas antiéticas e desonestas que gerem prejuízo a saúde no Brasil, nas esferas públicas e privadas. Neste contexto, apontamos que fraudes deste porte que afetam a sustentabilidade do segmento são desencadeadoras de prejuízo para todo sistema, visto que, podemos enxergar nos seguros de saúde um potencial caminho em benefício de toda sociedade.

Quando uma das partes da cadeia é afetada por atos contrários as boas práticas, em especial, geradores de efetivos prejuízos, devemos levar a discussão para todo setor, e identificar as possíveis consequências no processo como um todo. O IES vislumbra esta interface de forma a agregar todo setor da saúde para desenvolver a melhor estratégia focada em coibir este tipo de ação em um segmento tão importante e benéfico para a qualidade de vida do cidadão.

 

Marcos Tadeu Machado é membro do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde e um dos seus fundadores.

 

* A opinião manifestada é de responsabilidade do autor e não é, necessariamente, a opinião do IES

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